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sábado, 31 de dezembro de 2011

Sete Luas

Há noites que são feitas dos meus braços
e um silencio comum às violetas
e há sete luas que são sete traços
de sete noites que nunca foram feitas
Há noites que levamos à cintura
como um cinto de grandes borboletas
E um risco a sangue na nossa carne escura
de uma espada à bainha de um cometa
Há noites que nos deixam para trás
enrolados no nosso desencanto
e cisnes brancos que só são iguais
à mais longinqua onda de seu canto
Há noites que nos levam para onde
o fantasma de nós fica mais perto:
e é sempre a nossa voz que nos responde
e só o nosso nome estava certo.
Natália Correia

Um comentário:

  1. Fazia horas que não entrava no blog. Tá ótimo. Gosto mais quando falas de ti e da vida do que das poesias (que, como são escolhidas, também falam de ti pela voz alheia).
    Feliz 2012 e que as inevitáveis crises sejam sempre oportunidades de mais superações!

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