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domingo, 11 de dezembro de 2011

Custos

Você ainda se surpreende. Mérito meu.
Você ainda gosta. Mérito seu.
Custo a compreender sua lógica, se é que existe uma.
Custo a compreender minhas razões. Elas não existem.
Enquanto isso,
você pensa em custos.
Tenho a absoluta certeza de nossa temporalidade.
Me irrito com o desperdício.
Me falta a paciência, me falta tempo.
O tempo é pouco, sempre será.
A consciência da morte não me desespera, apenas me apressa.
Não temos tempo. Nunca o teremos.
Não bastamos.
Seu egocentrismo exacerbado destrói seu prazer.
E você pensa em custos.
Custos.
Que custos?
Não somos únicos.
Não somos os melhores.
Nunca o seremos.
Carolina Vigna

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