Páginas

domingo, 11 de dezembro de 2011

Ishtar

Não tenho em mim a infame Margarida,
Não sei trocar o amor por redenção,
Não é seu bem-estar minha função,
Não venho resolver a sua vida.
Então, se me quiser, que me mereça,
Que sempre fui à Deusa consagrada,
Eu sou a porta-voz da gargalhada
Que faz com que a ilusão desapareça.
Me faça sua esposa ou sua puta,
Em nada muda-se o que sou por dentro:
Não busco aprovação por linimento
Mas, se por me manter você não luta,
Apague-se a paixão que ainda arde:
Jamais serei mulher para um covarde!
Patrícia Clemente

Nenhum comentário:

Postar um comentário