sábado, 4 de agosto de 2012
Tempos modernos....
Na fila do supermercado, o caixa diz uma senhora idosa:
- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis com o ambiente.
A senhora pediu desculpas e disse:
- Não havia essa onda verde no meu tempo.
O empregado respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com o nosso ambiente.
- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupamos com o ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis.
- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis com o ambiente.
A senhora pediu desculpas e disse:
- Não havia essa onda verde no meu tempo.
O empregado respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com o nosso ambiente.
- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupamos com o ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis.
Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Afiávamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em "meio ambiente", mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?.
Mas é verdade: não havia preocupação com o ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Afiávamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em "meio ambiente", mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?.
Por quanto seja
Por
quanto seja
Pela memória guardada,
trancada em baú
do qual esqueci a chave.
Pela cerimônia das
palavras,
refeitas, revistas, apagadas,
em nome do que parece ser certo.
Pelo pulsar escondido,
do peito, dos desejos, dos afetos
à espera de melhor momento.
Pela chama invisível
de todos os medos terrenos
prontos a eclodir em mim.
Pelo que sou, sem saber,
oculto a meus olhos e meu juízo
num equilíbrio instável.
Pelo sonho de fato sonhado
que a vida não soube reproduzir
e a espera fez enfraquecer.
Pelo destino ainda por
cumprir,
não desvendado, não compreendido,
perdido na incerteza do dia-a-dia.
Por tudo quanto seja e
quanto venha,
que esteja guardado, talhado para mim,
busco as forças de estar viva,
a serenidade, mesmo que intermitente,
busco todas as certezas de meu coração,
todo o raio de luz que amanhece,
e entrego-me à tarefa de fazer
do amanhã um novo (e bonito) dia!
Carla Marisa Pereira
Novo encanto
Novo encanto
Quando a vida nos mostra o desencanto
e nós choramos a perda de alguém,
desaba o mundo, o sofrimento é tanto,
tudo fica vazio,sem ninguém.
O tempo vai. Cai sobre a dor o manto
do esquecimento. Um novo tempo vem.
Nós começamos a esquecer o pranto,
para a esperança a gente diz "amém".
Aos poucos, nossa vida recomeça.
Um novo encanto de viver também.
E assim nós ensaiamos nova peça,
para vivê-la sempre em mais um ato,
neste mundo que é palco de desdém,
cumprindo este destino caricato.
Gladis Lacerda
Revolta
Revolta
O tempo não falta
pelo excesso de compromissos,
por chefes e submissos,
pela luta de cada dia,
pela dura realidade.
Tempo não é oportunidade.
O tempo só falta
pela ausência do desejo.
Renata Paccola
Duas meninas
Duas meninas
Tenho cá duas meninas muito bem diferenciadas
Uma é fina e delicada, outra é grossa abrutalhada
Uma é torre bem guardada outra é porta escancarada
Uma é um anjo de candura, outra é bisca endiabrada
Tenho cá duas meninas muito bem diferenciadas
Uma pede leite quente, outra quer pinga gelada
Uma lê livros sagrados, outra faz pornochanchadas
Uma dança minueto, outra só dança lambada
Tenho cá duas meninas muito bem diferenciadas
Uma toma guaraná, outra vive embriagada
Uma dorme de pijamas, outra só dorme pelada
Uma é musa inspiradora outra é gata debochada
Tenho cá duas meninas muito bem diferenciadas.
Observo todas duas procurando entender
E percebo finalmente pra desassossego meu:
Cada uma é metade de uma soma que sou Eu!
Beni Soares
Nunca mais
Nunca mais
Minha vida tem me escorrido
Dentre os dedos,
Desde que você deixou de estar
Em meus dias...
E nas minhas gavetas,
Dispus minhas lembranças,
Ao lado do seu retrato,
Bem escondido de mim.
Só agora me dei conta que não estás...
E se algum dia tive esperanças,
Agora sei que não voltarás...
Nunca mais...
Acabou.
Fim
Odete R. Baltazar
Pedaços de mim
Pedaços de mim
Preciso juntar os pedaços de mim
Minha alma se quebrou, como se fosse um cristal
O cristal pode ser colado?
A alma também não...
Mas se quisermos podemos sim tentar
Recuperar a alma
Indo lá no fundo, buscar e compreender
O motivo de ter se quebrado
E começarmos a colar todos os pedaços
A peneirar os pensamentos
Buscando a razão e tentando junto com o coração
Entender e perdoar...
Entender porque tudo que se faz
Ou que se fala Tem um motivo
Perdoar, porque o mais nobre e verdadeiro sentimento
Nos ensina isso
Quem nessa vida não errou, magoou, mentiu, feriu, traiu?
Quem?...
E é esse o motivo que me leva a juntar os pedaços de mim
Onde em cada pedaço existe também
Um pedaço de você
Pedaços do teu carinho, da tua palavra
Do teu toque, do teu beijo
Da tua mentira, da tua solidão
Da tua Dor, da tua Alegria
De você num todo
E juntando esses pedaços
De mim e de você
Será formado um pedaço de nós
Porque valeu e ainda vale a pena
Ao juntarmos esses pedaços
Juntamos as nossas almas
Nancy Cobo
Tortura
Tortura
Tirar dentro do peito a Emoção,
A lúcida Verdade, o Sentimento!
– E ser, depois de vir do coração,
Um punhado de cinza esparso ao vento!...
Sonhar um verso de alto pensamento,
E puro como um ritmo de oração!
– E ser, depois de vir do coração,
O pó, o nada, o sonho dum momento...
São assim ocos, rudes, os meus versos:
Rimas perdidas, vendavais dispersos,
Com que eu iludo os outros, com que minto!
Quem me dera encontrar o verso puro,
O verso altivo e forte, estranho e duro,
Que dissesse, a chorar, isto que sinto!!
Florbela Espanca
Descoberta
Descoberta
Mundo, mundo, qual imenso caminho
se estende atrás / à frente de mim
que lanterna luminosa me guia
que ninfa, que fauno me fez assim?
Sedenta de tantas linhas escritas
Sedenta do contorno de um verso
POESIA, contornando todo meu sim.
Mundo vasto, qual caminho imenso
vou eu devastando com meu ancinho,
com minha pena de tinta azul.
Pena que desliza pelo meu Norte
Os caminhos vastos / longe do Sul.
Que em mim emitem frutíferos raios
que sendo brilho são luz / são POESIA
que me reflete / eis meu sangue azul.
Sou rei / sou rainha deste reinado
POESIA / meu mundo, meu vasto caminho
Caminho que como todo poeta / Vou
palmilhando, devastando / sozinha.
Regina Souza Vieira
Amo
Amo
Amo seus olhos
Que sabem contar
Das doces histórias
Dos sonhos de amor
E a bela poesia de um simples olhar
Amo a alegria
Que em seu sorriso encontro
Amo com carinho, nosso desencontro
Quando eu choro e você ri
Amo sua alma
Que de tão pura e calma
Pode-se comparar
À ternura prateada do luar
Amo seus lábios
Amo você
Amo-o por tudo o que diz
Amo-o e por isso ... sou feliz!
Priscila de Loureiro Coelho
Sonhos
Sonhos
cadê meus sonhos
bebi em apenas um gole a bebida amarga
atordoada, debrucei-me na janela
vendo as forças se esvaírem de meu corpo
vi minh'alma levitar..
minha mente ficou obscura
caiu os véus.. despertei
sonhos..
cadê meus sonhos..
eram sonhos sem magia
de uma alma atormentada por si mesma...
Elisbeth Vasques
Desencanto
Desencanto
Desencanto de quem muito sonhou
castelos encantados criou
em promessas acreditou
e de sonhos refém se tornou
Desencanto de quem ficou a sonhar
vendo dia após dia o tempo passar
esperando um amor chegar
Desencanto de quem quis tornar real o
irreal
de quem ousou acreditar que
poderia com o amor mundo mudar
Depois do desencanto
nada mais será como antes...
Por que fui acreditar?
Por que me deixei enganar?...
Depois do desencanto
não há como te reinventar
Tahyane
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