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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Um brinde a vida

Busco nas lembranças um cantinho...
Um lugar qualquer chamado esperança
A última gota de orvalho da madrugada
Já caiu sorrateira em meu caminho
Se fez oceano tal sal das lágrimas
Derramadas pela alma menina, tão sentida...
Sigo porém feliz a descortinar o que o destino
Menino matreiro quiser me reservar
E seja bem vindo novo sorriso, novo caminho
Não temo o novo nem o velho tão pouco
Só temo o nada, o vazio e o frio do vácuo
Do rastro deixado por quem não sabe amar
E quando este meu lado sombrio se assanha
De sobressalto se acanha, e volta sorrateiro
Ao leito a dormir e em inércia permanece
Prossigo dançando nos bailes da vida
Esta mesma vida que hoje brindo
Ao som de um bolero e com vinho tinto.

Silvana Cervantes

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