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sábado, 19 de maio de 2012

Duas luas

Sobre minha cabeça,

Embaixo dos meus pés.
Olhando o horizonte a vejo,
Toda graciosa a distribuir ilusões.
À mente me vem lembranças,
de um amor vivido sob seus clarões.
Raciocino, mas este se rende
Às lágrimas da emoção.
Chorando, de rosto baixo,
A vejo refletida no chão,
Naquela poça d'água suja,
A sugar toda a inspiração
Desvio meu coração e ponho-me
A contemplar - estrelas -
Parecem amigas, que com seu brilho e piscar
Querem consolar.
Minh'alma se alegra e não quer mais chorar.
Piso na lua ao chão e ignoro-a no céu.
Como maldição tenho sempre a sua sombra
E seus reflexos nos olhares a me fitar


Talita Kum

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